quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Expectativas de desaceleração no crescimento economico na América Latina, principalmente no Brasil

De acordo com levantamento elaborado pelo instituto alemão Ifo e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as expectativas sobre o crescimento econômico na América Latina para os próximos meses pioraram em outubro, e o Brasil está entre os países que mais evidenciam esta desaceleração.
A piora do clima econômico na América Latina foi mais acentuada no Brasil, México e Chile. No Brasil, as avaliações sobre o presente e as previsões em relação aos próximos meses ficaram menos favoráveis do que as realizadas em julho.
"A situação econômica atual continua sendo avaliada de forma bastante favorável por especialistas da região, mas a deterioração das expectativas em relação aos próximos meses já começa a afetar negativamente o ambiente econômico na América Latina", informaram o Ifo e a FGV em comunicado publicado nesta quarta-feira.
Entre os fatores que colaboraram para a perda de confiança no desempenho de curto prazo das economias latinas estão a expectativa de desaceleração dos Estados Unidos, por conta da crise no mercado de crédito imobiliário, e os preços elevados do petróleo, que se aproxima do patamar histórico de 100 dólares por barril.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O que muda em nossa vida, com a implementação do PAC?

Por causa do aumento do limite de isenção fiscal, ficará mais fácil comprar microcomputadores. Os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) serão utilizados em projetos de infra-estrutura. Os trabalhadores poderão aplicar até 10% de seus saldos em fundos de investimento nesse setor.
Famílias de baixa renda terão mais verbas disponíveis para a compra da casa própria. O limite de endividamento dos estados vai aumentar para permitir novas obras de saneamento básico.
Os concursos federais também devem ser prejudicados com a medida que limita a folha de pagamento dos servidores. Como terão um teto para ampliar seus gastos com o funcionalismo, Executivo, Legislativo e Judiciário não poderão exagerar nas contratações.

Inflação
Durante a semana, depois do anúncio das medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) economistas alertaram para o fato de que a expansão de gastos públicos prevista no PAC pode ter efeitos inflacionários. O reaquecimento da economia num ritmo maior do que o atual pode abrir espaço para os empresários remarcarem preços.

Juros
Com o temor de repique na inflação, o Banco Central deve ser ainda mais conservador na redução da taxa básica de juros (Selic), podendo até estancá-la.

Impostos
O governo vai reajustar a tabela do Imposto de Renda do trabalhador em 4,5% por ano até 2010, o que vai isentar do pagamento milhares de contribuintes. Os demais vão pagar um pouco menos. A pequena esperança de que a alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) fosse reduzida foi frustrada. O tributo, que seria extinto neste ano, deve ser prorrogado por mais quatro anos.

Saneamento
O governo federal elevou de R$ 1 bilhão para R$ 7 bilhões o limite de endividamento dos estados e municípios. A expectativa é de que o número atinja R$ 16 bilhões em 2010. Esse era um dos principais empecilhos para investimentos em saneamento básico. O PAC prevê aplicação de R$ 40 bilhões em quatro anos para atender 22,5 milhões de domicílios. A aposta do governo no setor está atrelada à criação de postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida do povo.

Habitação
O foco do governo federal será a população de baixa renda. Do investimento estimado para habitação de R$ 106,3 bilhões, até 2010, R$ 55,9 bilhões serão direcionados para famílias com rendimento mensal de até cinco salários mínimos. Com isso, o governo quer diminuir o déficit habitacional praticamente pela metade ao atender 4 milhões de famílias em quatro anos.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

PAC- continuação

Qual é a origem da verba, que será destinada ao Programa?

219,20 bilhões de reais deverão ser investimentos feitos por empresas estatais, sendo que, destes, 148,7 bilhões de reais serão investidos pela Petrobrás.

67,80 bilhões de reais deverão ser investidos com recursos do orçamento fiscal da União e da seguridade;

216,9 bilhões de reais deverão ser investidos pela iniciativa privada, induzidos pelos investimentos públicos já anunciados.

E qual o destino deles?

274,8 bilhões deverão ser investidos em Energia (inclui petróleo), assim divididos:
*65,9 bilhões de reais para geração de energia elétrica
*12,5 bilhões de reais para transmissão de energia elétrica
*179,0 bilhões de reais para petróleo e gás natural
*17,4 bilhões de reais para combustíveis renováveis.

170,8 bilhões de reais serão investidos em Infra-Estrutura Social e Urbana, assim divididos:
*8,7 bilhões de reais para o projeto Luz Para Todos
*40,0 bilhões de reais para projetos de saneamento básico
*106,3 bilhões de reais para projetos de habitação
*3,1 bilhões de reais para Metrôs
*12,7 bilhões de reais para recursos hídricos.

58,3 bilhões de reais serão investidos em Logística, assim distribuídos:
*33,4 bilhões de reais para rodovias
*7,9 bilhões de reais para ferrovias
*2,7 bilhões de reais para portos
*3,0 bilhões de reais para aeroportos
*0,7 bilhões de reais para hidrovias
*10,6 bilhões de reais para marinha mercante.

No próximo post:

O que mudará em nossa vida, com a implementação do PAC?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Programa de Aceleração do Crescimento Econômico - PAC

Dedicaremos a seguir, alguns comentários e informações a respeito do Programa de Aceleração do Crescimento Econômico, o PAC.

Um tema que está mexendo com a vida dos trabalhadores e com o mercado é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo Lula. A iniciativa é positiva e merece ser debatida com maior profundidade.
Lançado em 28 de Janeiro de 2007,é um programa do Governo Federal Brasileiro que consiste em um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os próximos quatro anos, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil.
Com investimentos totais de 503 bilhões de reais, tem como uma de suas prioridades a infra-estrutura, como portos e rodovias.Foram selecionados mais de cem projetos de investimento prioritários em rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento e recursos hídricos.
O PAC porém, vai muito além disso.
Ele é composto por cinco blocos, sendo o principal engloando medidas de infra-estrutura, incluindo a infra-estrutura social, como habitação, saneamento e transportes de massa. Os demais blocos incluem: medidas para estimular crédito e financiamento, melhoria do marco regulatório na área ambiental, desoneração tributária e medidas fiscais de longo prazo.

A meta é obter um crescimento do PIB de 5% ao ano.

Nos próximos posts:
De onde vem a verba para a realização do PAC?
Qual será o destino desse dinheiro?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Continuando o post anterior falaremos um pouco mais agora sobre alguns fatores influenciáveis ao crescimento econômico brasileiro.

O Brasil conta com vários fatores favoráveis que permitem que seu crescimento econômico seja superior à média mundial. Um deles é o tamanho e o potencial de seu mercado interno.
Outro desses fatores é o empreendedorismo brasileiro que ficou confirmado com a recente divulgação de pesquisas internacionais indicando que o brasileiro é um dos povos mais empreendedores do mundo.
Inúmeras e dinâmicas vantagens comparativas favorecem o Brasil: desde contar com um sistema financeiro robusto, passando pelo eco-turismo, até dispor de ciência, tecnologia, produtos de uma economia do conhecimento, instituições democráticas, estabilidade macroeconômica e relativo nível de segurança para os negócios e investimentos.
Estudos internacionais sugerem muitas vezes que é importante continuar a aumentar o acesso ao ensino fundamental e à educação secundária, ampliando as oportunidades para as populações historicamente excluídas. Esses estudos também mostram a importância de prosseguir no rumo a uma melhor qualidade na educação.

Se nossa nação possui inúmeras vantagens econômicas, por que então existe tanta diferença no crescimento econõmico brasileiro se comparado à outros países ?

Respondendo a esta pergunta, disse Vinod Thomas, o novo Diretor do Banco Mundial(em 2005):

" A razão fundamental é a desigualdade de renda, que reduz o impacto de qualquer crescimento sobre a pobreza. As ações que diminuem a desigualdade não só aumentam o crescimento, como melhoram o seu impacto sobre a pobreza. Um maior acesso à educação e um ensino de melhor qualidade são fatores determinantes na qualidade do crescimento de um país...
Outro importante fator que afeta a distribuição da renda são as transferências públicas de recursos – através de programas como a previdência social e outros. Políticas que aumentem o efeito equalizador dessas transferências -- tais como mudanças na alocação de recursos visando transferências direcionadas aos mais necessitados -- contribuem para reduzir gradualmente a desigualdade da renda.
"


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A Tabela indica o PIB per capita e taxas de crescimento econômico de 1995 a 2004 em diversos países inclusive no Brasil.
Na Macroeconomia, podemos perceber que existe uma relação direta entre o nível de investimentos de um país e o crescimento de seu PIB. Esta relação fica claramente explícita quando entendemos que somente com o aumento da capacidade produtiva se consegue um aumento na renda do respectivo país e consequentemente, crescimento econômico.
Um dos países que mais tem crescido nas últimas décadas de forma sustentada é a China, analisando a partir de conceitos macroeconômicos podemos logo perceber o por quê deste forte e contínuo crescimento. A taxa de investimento foi acima de 28% em média, nos últimos 80 anos, e desde então tem aumentado continuamente, atingindo níveis maiores do que 40% nos anos de 2002 e 2003.
Em comparação ao Brasil, recentes pesquisas do IBGE revelam os motivos pelos quais nosso país não cresce economicamente como a China. O IBGE calculou as seguintes taxas de investimento no Brasil: em 2005 foi de 16,3% do PIB. Em 2004, 16,1%. Em 2003, 15,3%. Em 2002, 16,4%. Em 2001, 17% e em 2000 16,8%, quase e metade das taxas chinesas.
Portanto podemos dizer que medidas de investimento no setor produtivo brasileiro deviam ser tomadas, uma vez que o PIB brasileiro uma vez já situado em grandes porcentagens é hoje em dia considerado um dos menores do mundo.
Como dissemos anteriormente em nosso primeiro post o PIB é a forma mais clássica e tradicional usada para medir o crescimento econômico de um país, entretanto o crescimento do PIB não é a única maneira de medir a melhora nas condições de vida de um povo.

Em nosso próximo post iremos falar um pouco mais sobre os fatores de crescimento econômico que poderiam influenciar o crescimento brasileiro e discutiremos também sobre os tipos de crescimento econômico.



Post 1- Uma Breve Introdução.

Sejam Bem Vindos,
Este blog foi criado por Angélica, Bruna e Núrya e Tamaejo tem como principal objetivo explorar um tema abordado em nossas aulas de Macroeconomia no curso de graduação da área de Comex.
Em nosso primeiro post iremos fazer uma breve introdução sobre o assunto do qual iremos abordar ao longo de nossas postagens: Crescimento Econômico.

Pode-se definir crescimento econômico de um país como o crescimento da produção, ao longo do tempo. A forma mais clássica de medir o crescimento econômico é através do PIB (produto interno bruto) mas também é geralmente medido pelo crescimento da produção (produto nacional bruto) ou da renda nacional dividida pelo número de habitantes (renda per cápita).

" O crescimento econômico se distingue conceitualmente do desenvolvimento econômico por que este supõe também mudanças estruturais, inovações tecnológicas e empresariais e modernização da economia em geral. Uma economia moderna e desenvolvida pode progredir somente pelo crescimento, mas se entende que a economia de um país subdesenvolvido exige também essas outras mudanças; mais ainda, acredita-se que, para permití-lo, tais mudanças devem preceder o crescimento" (Diccionario de la Naturaleza, 1987). "