quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O que muda em nossa vida, com a implementação do PAC?

Por causa do aumento do limite de isenção fiscal, ficará mais fácil comprar microcomputadores. Os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) serão utilizados em projetos de infra-estrutura. Os trabalhadores poderão aplicar até 10% de seus saldos em fundos de investimento nesse setor.
Famílias de baixa renda terão mais verbas disponíveis para a compra da casa própria. O limite de endividamento dos estados vai aumentar para permitir novas obras de saneamento básico.
Os concursos federais também devem ser prejudicados com a medida que limita a folha de pagamento dos servidores. Como terão um teto para ampliar seus gastos com o funcionalismo, Executivo, Legislativo e Judiciário não poderão exagerar nas contratações.

Inflação
Durante a semana, depois do anúncio das medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) economistas alertaram para o fato de que a expansão de gastos públicos prevista no PAC pode ter efeitos inflacionários. O reaquecimento da economia num ritmo maior do que o atual pode abrir espaço para os empresários remarcarem preços.

Juros
Com o temor de repique na inflação, o Banco Central deve ser ainda mais conservador na redução da taxa básica de juros (Selic), podendo até estancá-la.

Impostos
O governo vai reajustar a tabela do Imposto de Renda do trabalhador em 4,5% por ano até 2010, o que vai isentar do pagamento milhares de contribuintes. Os demais vão pagar um pouco menos. A pequena esperança de que a alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) fosse reduzida foi frustrada. O tributo, que seria extinto neste ano, deve ser prorrogado por mais quatro anos.

Saneamento
O governo federal elevou de R$ 1 bilhão para R$ 7 bilhões o limite de endividamento dos estados e municípios. A expectativa é de que o número atinja R$ 16 bilhões em 2010. Esse era um dos principais empecilhos para investimentos em saneamento básico. O PAC prevê aplicação de R$ 40 bilhões em quatro anos para atender 22,5 milhões de domicílios. A aposta do governo no setor está atrelada à criação de postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida do povo.

Habitação
O foco do governo federal será a população de baixa renda. Do investimento estimado para habitação de R$ 106,3 bilhões, até 2010, R$ 55,9 bilhões serão direcionados para famílias com rendimento mensal de até cinco salários mínimos. Com isso, o governo quer diminuir o déficit habitacional praticamente pela metade ao atender 4 milhões de famílias em quatro anos.

Nenhum comentário: