quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Programa de Aceleração do Crescimento Econômico - PAC

Dedicaremos a seguir, alguns comentários e informações a respeito do Programa de Aceleração do Crescimento Econômico, o PAC.

Um tema que está mexendo com a vida dos trabalhadores e com o mercado é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo Lula. A iniciativa é positiva e merece ser debatida com maior profundidade.
Lançado em 28 de Janeiro de 2007,é um programa do Governo Federal Brasileiro que consiste em um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os próximos quatro anos, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil.
Com investimentos totais de 503 bilhões de reais, tem como uma de suas prioridades a infra-estrutura, como portos e rodovias.Foram selecionados mais de cem projetos de investimento prioritários em rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento e recursos hídricos.
O PAC porém, vai muito além disso.
Ele é composto por cinco blocos, sendo o principal engloando medidas de infra-estrutura, incluindo a infra-estrutura social, como habitação, saneamento e transportes de massa. Os demais blocos incluem: medidas para estimular crédito e financiamento, melhoria do marco regulatório na área ambiental, desoneração tributária e medidas fiscais de longo prazo.

A meta é obter um crescimento do PIB de 5% ao ano.

Nos próximos posts:
De onde vem a verba para a realização do PAC?
Qual será o destino desse dinheiro?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Continuando o post anterior falaremos um pouco mais agora sobre alguns fatores influenciáveis ao crescimento econômico brasileiro.

O Brasil conta com vários fatores favoráveis que permitem que seu crescimento econômico seja superior à média mundial. Um deles é o tamanho e o potencial de seu mercado interno.
Outro desses fatores é o empreendedorismo brasileiro que ficou confirmado com a recente divulgação de pesquisas internacionais indicando que o brasileiro é um dos povos mais empreendedores do mundo.
Inúmeras e dinâmicas vantagens comparativas favorecem o Brasil: desde contar com um sistema financeiro robusto, passando pelo eco-turismo, até dispor de ciência, tecnologia, produtos de uma economia do conhecimento, instituições democráticas, estabilidade macroeconômica e relativo nível de segurança para os negócios e investimentos.
Estudos internacionais sugerem muitas vezes que é importante continuar a aumentar o acesso ao ensino fundamental e à educação secundária, ampliando as oportunidades para as populações historicamente excluídas. Esses estudos também mostram a importância de prosseguir no rumo a uma melhor qualidade na educação.

Se nossa nação possui inúmeras vantagens econômicas, por que então existe tanta diferença no crescimento econõmico brasileiro se comparado à outros países ?

Respondendo a esta pergunta, disse Vinod Thomas, o novo Diretor do Banco Mundial(em 2005):

" A razão fundamental é a desigualdade de renda, que reduz o impacto de qualquer crescimento sobre a pobreza. As ações que diminuem a desigualdade não só aumentam o crescimento, como melhoram o seu impacto sobre a pobreza. Um maior acesso à educação e um ensino de melhor qualidade são fatores determinantes na qualidade do crescimento de um país...
Outro importante fator que afeta a distribuição da renda são as transferências públicas de recursos – através de programas como a previdência social e outros. Políticas que aumentem o efeito equalizador dessas transferências -- tais como mudanças na alocação de recursos visando transferências direcionadas aos mais necessitados -- contribuem para reduzir gradualmente a desigualdade da renda.
"


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A Tabela indica o PIB per capita e taxas de crescimento econômico de 1995 a 2004 em diversos países inclusive no Brasil.
Na Macroeconomia, podemos perceber que existe uma relação direta entre o nível de investimentos de um país e o crescimento de seu PIB. Esta relação fica claramente explícita quando entendemos que somente com o aumento da capacidade produtiva se consegue um aumento na renda do respectivo país e consequentemente, crescimento econômico.
Um dos países que mais tem crescido nas últimas décadas de forma sustentada é a China, analisando a partir de conceitos macroeconômicos podemos logo perceber o por quê deste forte e contínuo crescimento. A taxa de investimento foi acima de 28% em média, nos últimos 80 anos, e desde então tem aumentado continuamente, atingindo níveis maiores do que 40% nos anos de 2002 e 2003.
Em comparação ao Brasil, recentes pesquisas do IBGE revelam os motivos pelos quais nosso país não cresce economicamente como a China. O IBGE calculou as seguintes taxas de investimento no Brasil: em 2005 foi de 16,3% do PIB. Em 2004, 16,1%. Em 2003, 15,3%. Em 2002, 16,4%. Em 2001, 17% e em 2000 16,8%, quase e metade das taxas chinesas.
Portanto podemos dizer que medidas de investimento no setor produtivo brasileiro deviam ser tomadas, uma vez que o PIB brasileiro uma vez já situado em grandes porcentagens é hoje em dia considerado um dos menores do mundo.
Como dissemos anteriormente em nosso primeiro post o PIB é a forma mais clássica e tradicional usada para medir o crescimento econômico de um país, entretanto o crescimento do PIB não é a única maneira de medir a melhora nas condições de vida de um povo.

Em nosso próximo post iremos falar um pouco mais sobre os fatores de crescimento econômico que poderiam influenciar o crescimento brasileiro e discutiremos também sobre os tipos de crescimento econômico.



Post 1- Uma Breve Introdução.

Sejam Bem Vindos,
Este blog foi criado por Angélica, Bruna e Núrya e Tamaejo tem como principal objetivo explorar um tema abordado em nossas aulas de Macroeconomia no curso de graduação da área de Comex.
Em nosso primeiro post iremos fazer uma breve introdução sobre o assunto do qual iremos abordar ao longo de nossas postagens: Crescimento Econômico.

Pode-se definir crescimento econômico de um país como o crescimento da produção, ao longo do tempo. A forma mais clássica de medir o crescimento econômico é através do PIB (produto interno bruto) mas também é geralmente medido pelo crescimento da produção (produto nacional bruto) ou da renda nacional dividida pelo número de habitantes (renda per cápita).

" O crescimento econômico se distingue conceitualmente do desenvolvimento econômico por que este supõe também mudanças estruturais, inovações tecnológicas e empresariais e modernização da economia em geral. Uma economia moderna e desenvolvida pode progredir somente pelo crescimento, mas se entende que a economia de um país subdesenvolvido exige também essas outras mudanças; mais ainda, acredita-se que, para permití-lo, tais mudanças devem preceder o crescimento" (Diccionario de la Naturaleza, 1987). "